terça-feira, 2 de julho de 2013

Epicosmos


Epicosmos

Estou aqui de boa e tento agora estabelecer em minha mente um dimensão ideal epopeica, idealizando uma situação arquetípica para o Épico, esse altivo deus.
Homero é pai, e não cabe citá-lo. Todo inicio principia com os trezentos de Leônidas nas Termópilas, contra os demônios da alteridade de Xerxes.
Depois saltamos para o século XX, a Legião Estrangeira resistindo até o último homem, até o último cigarro, cheios de ódio, cheios de ópio, honra e o deus da Guerra (não Apolo ou Satã, mas o próprio Homem) nas veias, em Dien Bien Phu, contra a fúria dos vietnamitas.

Então volto ao desenho japonês Naruto, o ninja sensei (mestre) Jiraya lutando sozinho, em terreno estranho e inimigo, com um dos braços decepado, contra os seis corpos combatentes da entidade semidivina Pain, usando todos os seus poderes, tudo o que pode, até tombar atravessado. Pode haver algo mais épico? Sozinho, longe de seu pupilo messiânico (Naruto) que um dia o vingará; longe de sua vila, morrendo mutilado por amor de todos que amou, como aquele Deus naquela cruz, o único Deus que existe, morreu por mim.

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